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12 dezembro 2008

O JAC e o andebol em Alcanena

Juventude Amizade e Convívio de Alcanena uma potência nacional no andebol feminino
O JAC - Juventude Amizade e Convívio de Alcanena estava em vias de fechar portas, quando apareceu o projecto do Andebol Feminino. Projecto aceite com força e vontade. O clube renasceu e é hoje uma grande potência na formação feminina do andebol nacional, reconhecida oficialmente em todos os quadrantes e com jovens jogadoras a integrarem normalmente as selecções nacionais.

O JAC – Juventude Amizade e Convívio de Alcanena completou quarenta anos este ano. Uma vida feita de altos e baixos. Durante a maior parte do seu tempo de vida foi sempre um clube de convívio e recriação. Só há cerca de uma dúzia de anos entrou na área de competição. “Quando foi criada a escola de natação apontou-se para a competição, e durante alguns anos representou o clube nas provas da associação. Mas aos poucos foi esvanecendo e hoje continuamos com a escola de natação, mas sem competição”, referiu o presidente do JAC, João Morais.

Segundo o presidente da direcção o JAC é um clube com algumas nuances interessantes. Nasceu de forma informal, em 1968, pela mão de um grupo de jovens multifacetado, que gostava sobretudo de conviver, praticando algum desporto, fazendo teatro e organizando convívios. “Foi vivendo, algumas vezes separado da vila, outras vezes bem enraizados. Mas nunca passou de um clube quase informal”.

O presidente é bem mais novo que o JAC, por isso tem procurado inteirar-se da história do clube ao longo dos anos e confessa que não tem sido fácil. “Segundo consegui saber, o JAC foi um clube que teve algum peso em Alcanena. Depois do 25 de Abril e em tempo de eleições era habitual os candidatos às autarquias frequentarem a sede, para se mostrarem e fazerem os seus contactos. Hoje isso perdeu-se e o JAC é mais um clube normal”, diz João Morais.

O clube tem actualmente cerca de trezentos sócios pagantes. “Já teve muito mais, mas aos poucos o ambiente foi-se degradando, e a crise do associativismo levou a que muita gente tenha deixado de pagar cotas e de frequentar a sede. O clube esteve quase a fechar portas. Foi o andebol que evitou isso. Se não houvesse andebol o clube já tinha acabado”, garante o presidente. (...) Ler mais no "O MIRANTE"


Marco Santos o senhor andebol de Alcanena

Marco Santos é um jovem professor de educação física apaixonado pelo andebol. É o mentor do projecto da modalidade em Alcanena. É autenticamente o senhor andebol de Alcanena. É a sua vontade e a sua força que move montanhas e consegue chamar para o clube a maior parte das pessoas que levam por diante a modalidade.

O projecto começou no Atlético Clube Alcanenense. “Era então um projecto muito desgarrado, havia uma equipa de seniores, uma equipa de juniores depois uma equipa de bambis, os mais novos. Eu trabalhava sozinho, sem condições em termos técnicos para dar resposta a todo o projecto”, referiu Marco Santos.

“Chegou-se a uma altura em que eu e os dirigentes do Atlético vimos que não era possível continuar com o andebol. Como já anteriormente o JAC tinha mostrado vontade em avançar com a modalidade, fizemos contactos, reformulámos o projecto. Acabámos com o escalão de seniores e viemos para o JAC. A partir de então tivemos sempre a preocupação de que entre 10 e 15 jovens da escola primária venham integrar o projecto que assim tem avançado com sucesso”, diz Marco Santos, que para além de coordenador é treinador de duas das principais equipas do clube.
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