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23 maio 2007

VFCM Futsal - Época 2006/2007

Depois de vários meses sem novidades sobre o Futsal do nosso Vitória, aqui vai uma palavrinha.

Como é do conhecimento geral a época desportiva 2006/2007 não foi propriamente um mar de rosas para a nossa equipa, muitas coisas correram mal, outras mais ou menos e outras ainda correram bem, é a estas que temos de nos agarrar, pois nem uma andorinha faz a primavera, nem uma época menos boa faz desmoralizar um grupo de gente jovem, assim, e como quando as coisas não são perfeitas, e raramente o são, há que fazer uma análise daquilo que se passou e tomar acções para prevenir que voltem a acontecer.

Na época que passou tentamos isso mesmo, criando treinos de captação, onde os interessados pudessem mostrar as suas qualidades, outros convidamos pessoalmente, mas nem assim os jogadores de Minde compareceram ao repto que lançamos, como tal e com 90% da divulgação dos treinos de captação a ser feita em Minde, tivemos nestes treinos aproximadamente 10% de pessoas de Minde (cerca de 4 jogadores). É pois com legitimidade que os adeptos dizem que somos uma equipa de gente de fora, mas não é por falta de tentativas da nossa parte para que assim não seja.

Em relação aos adeptos, estes são os melhores do mundo, mas são mesmo, pois nunca deixam de apoiar a sua equipa, seja em casa seja fora, estejamos a ganhar ou a perder. Muita gente não sabe, mas somos das terras deste distrito que mais gente põe no pavilhão, e gente que vibra, que apoia e que por vezes se excede um pouco. Mas isso também acontece em qualquer lado, não é?

A eles o nosso muito obrigado, são maravilhosos.

No estabelecimento de relações com a Associação, e respectivo Conselho de Arbitragem (Orgão autónomo), nunca se percebe muito bem, porque alguns clubes têm de ser prejudicados em relação a outros, suponho que seja por que as pessoas que compõem estes orgãos se deixem levar pelos interesses dos seus clubes, ou dos clubes de algum amigo.

Pois só assim se pode explicar o porquê num campeonato com tão poucas equipas, curiosamente amadoras, não ter existido uma paragem competitiva no final do ano, para os jogadores puderem confraternizar com as suas famílias e respeitarem uma quadra de muita importância para a maioria dos jogadores, árbitros, dirigentes e adeptos.

Pois só assim se pode explicar o porquê de mudar regras a meio do campeonato, e até no final.

Pois só assim se pode explicar o porquê de nomear o árbitro que nos obrigou a jogar no inicio do ano em Alcanena, alerto que fomos castigados com três jogos de suspensão, onde num jogo fora e onde nada se decidia para o Vitória Mindense, o árbitro alegou que tinha sido enxovalhado como nunca, tenha sido precisamente num jogo contra essa equipa.

Feita esta análise há que preparar uma nova época e ainda com mais força.

Assim, na próxima época vamos tentar formar um grupo mais homogéneo, mais companheiro e acima de tudo com homens que se esforcem em prol do clube e da terra.

A próxima época está a ser preparada, em breve teremos novidades....

Parabéns ao FC Porto

04 maio 2007

A Lapa de Minde




Olha-me bem para o raio do miúdo!" O Paulo Cintrão, em riso largo, aponta a imagem a todo o ecrã que ele mesmo obteve num jogo de pré-escolas, do troféu Comendador José Gonçalves Pereira, em Pernes, pela Páscoa. O "raio do miúdo" é o central do Mindense, de azul. Frente aos "amarelos" do Atlético de Pernes, ele teve indicações rígidas para não largar, em caso algum, o avançado. E não largou. O Paulo, um dos bons relatores da rádio portuguesa, explica-me que a isto se chama defesa individual, um dos quatro métodos fundamentais do processo defensivo.

A opção estabelece a "lei" do um contra um (em que o defesa tenta impedir o atacante de receber a bola, idealmente sem a técnica de cotovelos do Ricardo Costa) e "proíbe" a falha defensiva individual. Vantagens: maior margem de anulação de avançados criativos, maior concentração táctica e desgaste do adversário. Mas um erro pode deitar tudo a perder.

No jogo de Pernes, a "lapa" do Mindense deve ter sido altamente eficaz, a avaliar pela preocupação do n.º 10. Mas esta eficácia "destruidora" não lhe garante, por si só, encómios futuros como os que Valdano prodigalizou, há dias, a Ricardo Carvalho. Ainda assim, um jogador faz o que o mister ordena.

Também Jose Enrique, o valenciano que o Villarreal foi buscar ao Celta, não deu um palmo a Messi, na recente deslocação do Barça ao estádio El Madrigal. Uma semana antes, Messi tinha deslumbrado o mundo com o golo de antologia ao Getafe. Mas Pellegrini, o técnico chileno do Villarreal (de cognome El Ingeniero na década e meia em que foi inesquecível zaguero do Universidad de Chile), chamou Jose Enrique e deu-lhe a táctica: "Terás de estar em cima dele." Veio nos jornais. E, sobre aquele de quem Valdano diz "não haver outro assim", não rezam os jornais uma linha sequer, após a vitória folgada do submarino amarelo. Mas sejamos justos. As crónicas desportivas também não dão a Jose Enrique, na manhã seguinte, a merecida glória. Os cronistas têm a mão presa a um senso comum com raízes. Por alguma razão se conta que, há mais de meio século, o treinador Pepe Samitier tenha dito a um dirigente do Barca: "Arranje dinheiro para contratar atacantes; que os defesas conseguem-se nas obras."

Arturo
Agora, os amantes do futebol retêm o nome de Arturo Vidal, a mais cara contratação de sempre no Chile. Aos 19 anos, acaba de assinar pelo Bayer Leverkussen e não está de modas: "Em 2 anos, serei o melhor defesa central do mundo." Que alguém como Valdano lhe pudesse gritar: "Calma, hombre!" E lhe falasse de Carvalho, de Terry. E de Pepe (que, a meu ver, é já o melhor).
Publicado no DN em 04.05.07, por Fernando Alves (jornalista)